Thursday, October 27, 2005

Decreto-Lei 17838 - Requisitos para o país do faz de conta

Saiu recentemente em Diário da República nova legislação sobre os requisitos necessários para cidadãos de nacionalidade estrangeira se poderem candidatar a um visto de residência no país do faz de conta também conhecido como Portugal.

O Inspector Serra adianta em primeira mão os requisitos base necessários para isso:

Possuir um BMW, Mercedes, Audi ou Porsche
Para se fazer parte do país do faz de conta é necessário possuir um carro de marca alemã, preferencialmente de grande cilindrada. Serão excluídos IMEDIATAMENTE da candidatura à cidadania do país do faz de conta malta dos Citroens, Renaults, Mazdas, Hondas e por aí fora…

Viver num condomínio fechado
Quem não viver num condomínio fechado está fora do âmbito de admissão ao país do faz de conta. Não interessa fazer o choradinho se habitar uma vivenda de Cascais ou um apartamento T10 na Guerra Junqueiro. Ou mora num Condomínio fechado com segurança 24h, piscina e ginásio ou não pertence neste circulo restrito.

Camisa Ralph Lauren e relógio Omega
Pode parecer insignificante mas desenganem-se. Qualquer pessoa que se queira tornar cidadão do país do faz de conta terá que possuir, no mínimo, uma camisa Ralph Lauren e um relógio Omega (as cópias são admitidas). Serão valorizadas camisas Façonnable e sapatos de berloque.

Ter casa no Algarve
Este é um requisito obrigatório pois aquele que não possui uma casa de férias neste local do país do faz de conta não poderá, em nenhum caso, possuir a cidadania fazdecontiana. Independentemente de ser um casebre, uma barraca ou uma roullote no parque de campismo de Aljustrel terá o candidato de fazer prova de possuir um espaço com licença de habitação no Algarve e provar, igualmente, passar, no mínimo, uma semana/ano na mesma.

Pedir empréstimos bancários para comprar electrodomésticos, mobiliário ou férias
Uma das condições primárias do país do faz de conta é ter mais do que as possibilidade portanto o candidato deverá, sempre que proceder à aquisição de electrodomésticos, mobiliário ou férias, iniciar um empréstimo bancário para o mesmo. No país do faz de conta não se gasta o dinheiro do cidadão, vive-se da prestação. Terá um bónus se fizer prova de que pediu um empréstimo para a gasolina do seu carro de marca alemã para se dirigir ao Algarve para as suas férias de Verão, sempre em Agosto.

Possuir um cartão Visa Gold
Se possuir um cartão de crédito é condição sinequanon para até pedir os formulários de candidatura é, igualmente, essencial apresentar no mesmo a cor dourada. O júri dará mais valor a um American Express.

Jogar golfe
Despostos onde um gajo sue não estão na moda no país do faz de conta. É essencial possuir sapatos de golfe, o conjunto completo de tacos (no mínimo marca Wilson), roupinha de golfe e inscrição num clube (Beloura, Belas, Qta. Peru ou similar). Não é requisito para a cidadania no país do faz de conta saber jogar, as regras nem tão pouco acertar na bola.

Ter sempre o último grito da moda em telemóveis
Esta é uma condição que se se verificar não ser cumprida pode revogar a cidadania de qualquer cidadão do faz de conta. A inspecção está atenta a esta situação e quando se analisar infracção a licença de cidadania poderá ser retirada com efeito imediato. Na data do presente regulamento o modelo mínimo é o Qtek.

Ter um ordenado inferior às prestações dos empréstimos
Obviamente, a condição mais importante é a de o habitante fazdecontiano receber menos income do que outcome e assim poder intitular-se um fazdecontiano. Assim, se se sente um Luís de Matos ou David Copperfield não hesite. Preencha o formulário, entregue na repartição mais próxima e torne-se um do muitos que já vivem no país do faz de conta.

In Diário da República

Sejamos sérios,
Serra

Wednesday, October 26, 2005

Bedtime thoughts

Se exceptuarmos os dias em que o Inspector Serra chega a casa em estado próximo do coma alcoólico, esgatanhando-se até ao elevador, confundindo a porteira, D. Gracinda, com uma esfregona com óculos e cambaleando de parede em parede até cair inanimado na sua cama, é curioso que nos outros dias o Inspector Serra antes de adormecer, lhe têm de passar inúmeros pensamentos pela sua cabecinha esquizofrénica antes, de uma vez por todas, o João Pestana o vir visitar.

O tempo em que aguardamos o adormecer é um tempo que apenas a nós pertence e dos poucos (também há o tempo do cagatório) onde podemos realmente reflectir sobre inúmeros assuntos da nossa vida.

Assim, o Inspector Serra levando à exaustão os seus posts de tópicos, manda aqui algumas pedradas no charco sobre alguns pensamentos que fazem os 100m livres na sua mente antes de, finalmente, passar para a terra dos sonhos:

Gajas
É um tópico incontornável. Freud dizia que os homens estavam sempre a pensar nisso e, embora tal pareça exagerado ao Inspector Serra, é sem dúvida um tópico que está bastante presente na sua mente. Divas como a Mónica Bellucci ou a Eva Longoria passeiam pelos neurónios do Serra como se da Riviera Francesa se tratasse embora, na Avenida Serra, haja lugar para inúmeras conhecidas do Inspector Serra que, mediante o tempo e espaço, também têm lugar cativo na passerelle para o adormecer.

Viagens
Para onde ir passarinhar a seguir? É uma pergunta extremamente válida para gajos que o que mais gostam de fazer é rasparem-se desta terra num avião a jacto. O Inspector Serra está agora a fazer um plano maquiavélico de, uma vez por mês, arranjar um fim de semana alargado e se raspar para uma qualquer cidade. Escusado será dizer que assim poderá ter muitos bedtime thoughs com este assunto.

Ski
Obviamente que este tópico poderia estar integrado nas viagens mas, para o Inspector Serra, o ski é algo à parte de tudo. Fechar os olhinhos e imaginar descer encostas gigantescas com o único som das lâminas a cortarem a neve é algo que leva o Serra ao sono instantâneo.

Receitas gastronómicas

O Serra, ultimamente, anda armado em gourmet e, às vezes, dá com ele a pensar em receitas “exquisite”, com ingredientes que não lembram ao diabo… Escusado será dizer que o Serra cozinha tudo a olho e conforme lhe dá na tola… estranhamente as coisas nem saiem mal mas, quando começa com estes pensamentos na sua caminha, acorda com uma fomeca capaz de comer um boi! (obviamente no sentido literal de comida…)

Trabalho
Este pensamento fode tudo… quando um gajo se deita a pensar em trabalho é porque a vida não nos corre de feição e, portanto, andamos com culpa no cartório ou com a consciência pesada… Quando se começa a pensar em trabalho o melhor é esquecer isso e pensar em qualquer um dos tópicos acima…

Ovelhas
Quando um gajo, pense no que pense, não consegue dormir não há nada como começar a contar ovelhinhas a saltarem a cerca… quando isso também falha, pode-se fazer a miscelânea de juntar o tópico um com este e contá-las a saltitar… Remédio santo…

E a malta que ainda dá ouvidos ao que o labrego do Serra para aqui diz? Em que pensa? Em ovelhinhas, também? (mas só a saltar a cerca, hem? Aqui não há pastores…)

Sejamos sérios,
Serra

Tuesday, October 25, 2005

Chamamentos

Toda a malta nasceu com nome e, tirando excepções como Anastácios, Ludovicos ou Benevenutos, o Inspector Serra não entende o porquê de existirem tantas formas de chamamento pelo qual respondemos tal como um cão responde ao “Ah-ke-sse-sse”. Seja por falta de consenso ou por simples recriação o povão teima em nos confundir e a constantemente não só a alargar mas a estar em constante actualização da listagem de vocativos pela qual respondemos e aos quais temos de estar alerta.

A lista é infindável e a cabeça do Serra, sob pena de se esquecer onde vive ou o nome dos seus pais não dá para todos, assim vai enunciar apenas os termos que já se encontram residentes na sua memória mais profunda e que, juntamente com o primeiro criminoso preso ou a entrada na escola superior de polícia, não se esquecem facilmente:


O tratamento por “pá” é tão comum por terras lusitanas como cuspir para o chão ou coçar a orelha com o dedo mindinho e já está no limbo entre uma forma de chamamento como “Pahhhhhhhhh, traz a faca” e o tique nervoso, estilo Otelo, que usa o “pá” como forma de respiração: Respira, pá, Respira, pá, pá, Expira, Respira, pá…

Meu
Este chamamento é uma forma mais dread de chamar um gajo. Habitualmente vem empregue na “Então? Tudo bem, ò meu?”… Sendo uma forma de chamamento mais comum em bandos de gajos que têm a mania que são bandidos e toughs só porque andam com o boxer à mostra, com bonés virados ao contrário e com correntes, estes manos já se tentam americanizar com a terminologia “Yo, man!”

Chavalo
Possivelmente o termo que mais irrita o Inspector Serra “Chavalo” é sempre dito no intervalo em que se masca uma pastilha gorila por malta em que o CPU da sua inteligência está sempre a 100% com o processo “masca, abre a boca”. As frases desta gente traduzem-se como “Epá, tás a ver, chavalo, eu fui lá e, prontos, a chavala tava lá, olhou e… prontos, chavalo, a cena foi isso”. Campeões da utilização de sílabas sem que se traduzam numa única ideia esta labregagem que utiliza “Chavalo” é de fugir dela assim que se ouve o “Cha…”

Bacano
Igualmente irritante, a palavra “Bacano” é proferida por gente que pensa que é boa onda mas, na verdade, é um pacóvio do caralho. “Ò bacano” exprimem entre sorrisos, abanando as sweatshirts com capuzes enquanto enrolam mais um charro. Muitas das vezes é mesmo devido ao efeito da erva ou do LSD que esta terminologia é utilizada mas, quer dizer, “Bacano” é muito mau… quando se virem a dizer isso larguem as drogas de uma vez pois é uma estrada sem regresso.

Senhor
Palavra politicamente correcta para tratar o Inspector Serra. O Inspector Serra aprova.

Você
Embora empregue o mesmo tempo verbal de “Senhor” você irrita o Inspector Serra. Primeiro porque não existe esta palavra na língua portuguesa e segundo porque a fonética da coisa é de pôr os cabelos em pé... Assim, a menos que o meu interlocutor se chame Vanderlei ou Leonídio, enerva o Serra solenemente... mesmo que venha do Vanderlei enerva mas aí, o Inspector Serra encontra amor no seu coração para lhe perdoar, né?

Chefe
Os taxistas estão para a palavra chefe como o Rei Midas para o ouro; ambos simplesmente a adoram. Quando se trata um taxista por “Chefe” o seu olhar muda imediatamente como que, se por magia, um Pitbull a espumar raiva virasse um afável Cocker Spaniel brincalhão. Tratando um taxista por “chefe” não só nos põe nas suas boas graças fazendo, inclusive, com que no fim da corrida nos brinde com um sorriso e um “Então, divirta-se” como ainda sacamos as ideias mais básicas que saltitam pelo cérebro do primata. Trate o taxista por “chefe” e viva uma experiência sociológica e antropológica do mais rico que pode viver.

Patrão
Quem trata alguém por “patrão” tem sempre um amor próprio bastante baixo e uma crise de confiança. É alguém que pensa que nasceu para servir e que, portanto, sente a necessidade de haver alguém acima dela para poder servir a sua necessidade masoquista de ser chicoteado e mandado fazer um sem número de tarefas. Mais comum há uns anos atrás ainda se utiliza bastantes vezes no Portugal mais interior juntamente com o mais conhecido “patroa”.

Tu
Alguém tratar o Inspector Serra por tu assim do nada faz raiar, de imediato, os vasos sanguíneos das suas órbitas. Quer dizer, o Serra não é armado ao pingareiro ou ao importante e até aprecia que malta com o mínimo de confiança o trate por tu... agora malta que vende a Cais ou o homem dos gelados é que não... ainda por cima insistem em lhe juntar o previamente abordado “Pá”: “Então, pá, mas tu tens a certeza que não a queres comprar, pá?”. Nem vale a pena entabular diálogo... é cabeçada à Cais do Sodré e seguir caminho...

Menino
Invariavelmente quem pronuncia isto são anciãs com idade para cima dos três dígitos. Para elas todos são meninos e até um gajo com 60 anos, aos seus olhos, é um menino traquina a brincar ao berlinde e que, não só merece muitas guloseimas, ser tratado como uma criancinha, sempre com muito miminho e carinho... às vezes até sabe bem, outras só apetece mandar as velhas dar uma volta ao bilhar grande... é aquele tipo de coisa que depende do estado de espírito.

Sôtor
Um gajo que nos trata por Sôtor é porque quer algo de nós... há ali qualquer coisa, às vezes até bem oculta, mas que o gajo quer, quer. Tá ali, a passar a mão pelo pêlo, a polir-nos o sapatinho com falinhas mansas mas, mais cedo ou mais tarde, vai tirar a pele de cordeiro e aí topamos logo o interesseiro. Nada põe o Serra mais desconfiado do que um gajo o tratar por Sôtor ou Engenheiro... É logo pé atrás...

Jovem
Um gajo está a atreito a ouvir a palavra “Jovem” desde os 14 até aos 38. Esta palavra é empregue por gajos de meia idade que querem dar a pala que são mais experientes e que, no fundo, andam cá há mais tempo e, portanto, recalcados e ressabiados, acham que eles é que a sabem toda. Assim, para marcarem território, qual lince a mijar no bravio, metem logo a estocada e toca de tratar por “Jovem” para rebaixar e dizer calminha que aqui quem manda é o “Patrão” (já abordado acima). Como o Serra gosta pouco dessas merdas e já tem paciência para muitas poucas coisas na vida volta a parafrasear o Dadinho: “Jovem é o Caralho... o meu nome é Seeeeerrrraaaa!!!!!”

E assim, pá, ficamos com este post. Voltem sempre meus! E tragam chavalos e bacanos amigos aqui para o blog do Patrão!

Sejamos sérios,
Serra

Monday, October 24, 2005

Evolução natural

O Inspector Serra gosta de pensar que todos estamos a evoluir ora não fosse hoje, com mais idade, nos sentirmos bem mais preparados para o que nos rodeia do que quando tinhamos 16 ou 17 anos mesmo que, na altura, já achássemos tudo saber.

Nesta perspectiva de que o mundo, como dizia o nosso vesgo Camões, “é composto de mudança” o Inspector Serra, para num momento de raiva não se ver a cortar os pulsos, força-se a acreditar que a evolução natural das coisas poderá fazer com que, daqui a alguns anos, determinadas situações mais não sejam que um fait diver saido de um qualquer filme indiano.

Qual Zandinga, o Inspector Serra vai aqui tentar deixar alguns tópicos sobre os quais não quer acreditar que a humanidade continue a permitir com a tolerância ou acalmia que se tem verificado:

Cintos de segurança nos aviões
É impressionante como, assim que apita o aviso de não ser obrigatório do uso do cinto, se ouve um brandir de fivelas por todo um avião, quais cavaleiros a desembainharem as suas espadas. O Inspector Serra vai sempre de cinto posto e não percebe como é que a malta não percebe que num avião não se deve estar sempre a passarinhar pelos corredores ou a sacar das malas. Que o digam aqueles palhaços do voo da SATA que, quando o avião teve de mudar de rota à última da hora, foram só velhos a bater com a cornadura no tecto e a serem projectados, estilo bola de bowling, pelo avião fora. Se calhar no Fiat Uno andam de cinto mas ali no Boeing não vêem o porquê de ser preciso...

Gravatas
Se há coisa que enerva o Inspector Serra são gajos que não sabem usar uma gravata. Epá, se não sabem ou perguntem como se usa ou não usem agora ver labregos com nós cegos dados, com as gravatas como se fosse um babete ou outros como se fosse um auxiliar de higiene para quando acaba o papel higiénico, isso é que não! Façam um curso da CEAC para ajudar esta gente...

Touradas
Gajos que têm tusa a ver um touro a ser espetado, enfia-os o Inspector Serra naqueles saquinhos que se usam para pôr a merda que os cachorros fazem pelo passeio. É deveras impressionante como é que, em pleno séc. XXI, ainda há gajos que gostam disto... A evolução natural encarregar-se-à de fazer o upgrade para a Lagregada onde esta gebaria toda será largada mano a mano com os bichos... aí é que vai ser de homem! Mas enfim, estamos a falar de gajos de fatinho apertado, boinazinhas e que andam sempre com o seu ferrinho curto na mão. Tudo dito?

Estacionamentos em 2ª fila
O Inspector Serra sabe bem que Lisboa é um inferno para se estacionar mas, então, ou venham mais cedo ou venham de transportes públicos ou larguem a merda do carro em cima da rotunda do Marquês de Pombal ou de Entrecampos; agora meter a merda do carrinho em 2ª fila para ir fazer o recadinho e, não só cortar uma faixa e foder a vida a centenas de gajos, mas ainda prender para aí dois gajos – bem estacionados – que tem de esperar que sua excelência volte, é que não... Um dia destes o Inspector Serra apanha um destes engraçadinhos e fá-los levar o carro, qual pochete, debaixo do braço de tão amassado que fica.

Taxistas
Com tanta merda inútil que se inventa não se percebe como é que os táxis não são guiados por andróides ou, pelo menos, por pessoas normais. Os taxistas, uma vez que estão em contacto directo com as pessoas de QI acima de 0, deviam ser sujeitos a normas de controlo como acontece, por exemplo, com a gripe das aves. No futuro próximo certamente haverá uma qualquer comissão para avaliar se os gajos estão prontos para a praça ou para o abate! Faça-se a PGA ao taxista!

Dia de eleições
Mais do que ouvir um disco de vinil, ver a TV Rural com o Engº Sousa Veloso ou jogar um jogo de computador num ZX Spectrum nada consegue bater a viagem no tempo que nos proporciona a simples acção de votar. Mesmo agora nas autárquicas o Inspector Serra sentiu-se a regredir vinte anos:
- ir ver onde vota nas listas da junta de freguesia todas escritas a caneta BIC;
- ir à escola Filipa de Lencastre que parece ter sido importada da Tchetchénia tal o estado em que se encontra, com vestígios de granadas, rockets, balas de alto calibre e napalm;
- levar com os filhos da puta dos escuteiros a querem impingir calendários ao Inspector Serra;
- esperar meia hora numa fila para votar;
- deparar-me com uma sala de voto capaz de envergonhar o mais humilde dos moçambicanos;
- ouvir o Presidente da Mesa berrar o número de eleitor do Inspector Serra e ver o vogal a procurar aquela merda num dossier;
- finalmente lá rabiscar com a BIC os cartõezinhos coloridos e ir embora

O homem já foi à Lua há mais de vinte anos e hoje ainda obrigamos o pobre homem, velho e cansado, a ganhar artrites a folhear um dossier? Não há computadores? Era da Informação é o caralho, lá diria o Dadinho...

Piranhas
É impressionante como numa sociedade que se diz culta e informada se vêem tantos putos gordos que nem uns texugos a enfardarem hamburgers! Vivemos o sindroma Piranha (aquele do Verão azul), sendo que a única diferença é que já não usam a camisola nojenta às riscas encarnadas e brancas... Não é que o Inspector Serra sugira que sejamos todos o Brad Pitt - o Serra também comete os seus pecados – mas, por amor de deus, está nas mãos não só dos pais mas também dos putos dar a volta a isto! Para mais, quase sempre, estes pirralhos mimados que têm sempre todas as guloseimas tornam-se adultos enervantes e psicóticos que, tal como o Piranha, só apetece enfardar!

Ficam, então, estes pensamento para o futuro aqui do compadre Serra!

Com G! a Presidente mete-se a evolução prá frente!

Sejamos sérios,
Serra

Friday, October 14, 2005

Farewell

E pronto… lá para o final da tarde o Inspector Serra despede-se, por uma semana, de todos os que o acompanham acenando, como se de um adepto do Sporting se tratasse, o lenço branco.

É cliché afirmar que “não se trata de uma despedida mas de um até breve” e, portanto, o Inspector Serra não o irá fazer. Curiosamente não temos qualquer jeito para nos despedirmos das pessoas e as frases que nos saiem oscilam sempre entre o “A gente vê-se por aí” ou “Depois falamos”; ou seja, não conseguimos simplesmente descolar-nos e, qual pega monstro, deixamos sempre uma réstia de esperança, em muitos casos infundada, de que voltaremos a pôr os olhos em cima da pessoa novamente. Como no caso em que conhecemos um paquistanês na China e dizermos "See you around..". Mas around onde???

Portugal lida mal com a perda e, mesmo que seja o tipo mais chato e asqueroso, está para além da nossa capacidade genética dizer “Adeus”. Talvez seja por isso que o português mais enraizado na cultura lusitana se dedica tanto ao coleccionismo ou, simplesmente, a guardar em casa coisas completamente inúteis tendo sempre na ideia de que um dia poderão ser úteis…

Já o Inspector Serra, vendo a vida dia-a-dia, acredita que, se não se despedir pode (bate na madeira) nunca mais ter a possibilidade de o fazer; para mais, um “Adeus” permite sempre o “Voltaste”…

Adeus! Sejam sérios na ausência do Inspector Serra porque o Guedes fica cá à coca!
Serra

Thursday, October 13, 2005

Amizades

O Inspector Serra já tem idade suficiente para saber que, até mais que a saúde, o mais importante da vida são os amigos; parece melhor ao Inspector Serra estar todo fodido rodeado de gente que se preocupado do que ter uma saúde de ferro e treinar um papagaio para nos cantar os parabéns.

Nunca o Inspector Serra equacionou ser amigo de alguém de uma forma interesseira ou com segundas intenções; não é seu apanágio ser assim e cospe nos pés daqueles que não têm a estrutura moral e a idoneidade de assim serem portanto, quando virem revistas Caras e Lux repletas de gosma sabem que o Serra passou por ali!

No entanto, recentemente, o Inspector Serra descobriu que tinha um amigo, um grande amigo, do qual o Inspector Serra até desconhecia a existência.

É verdade, o Inspector Serra descobriu que é amigo próximo de Deus ou que, pelo menos, o tipo curte o Serra e, de vez em quando, manda-lhe uma palmadinhas nas costas e diz “Até és um gajo porreiro, Serra”.

Como é que o Serra sabe disto, perguntam vocês? Concerteza não é a ir à Igreja encher os bolsos aquela cambada de chulos… Não, essa amizade verifica-se na observação e, ver por exemplo, uma cabra que estava a refilar com o Serra por este estar a falar alto e que ela não se conseguia concentrar e que ia de ferias e trinta por uma linha, enfim, a xingar, sem necessidade, o vosso amigo Serra.

Resultado: Deus viu, Deus é amigo do Serra, Deus pôs-lhe uma apendicite que a gaja foi de férias foi para o hospital.

Mas a verdade é que, por enquanto, a vida do Serra até tem sido uma vida bafejada por boas coisas, muitas das quais o Serra também tem trabalhado por alcançar mas muitas também (now I see the light) graças a este meu amigo.

Por isso, Deus amigo, continua a mandar as tuas palmadinhas amigas no cachaço do Serra pois este agradece. Não te metas é com merdas como, por exemplo, fazer chover no Caribe ou roubar o título ao Benfica!

Sejamos sérios,
Serra

Wednesday, October 12, 2005

Última hora

Nada caracteriza mais um português do que deixar as coisas para o último minuto. Seja o selo do carro, o pagamento do IRS, o buscar o puto à escola ou, até o simples deslocar à casa de banho para evacuar; o português só faz as coisas quando está aflito!

Uma breve cólica não o motiva a ir ao cagatório mas ele apenas lá vai quando já não aguenta, quanto se sente a rebentar. Essa, sim, é a sua altura!

Antes fosse apenas nesta situação que o tuga deixasse tudo para a última mas, infelizmente, não é o caso e, assim, projectos arrastam-se até ao último dia, ao último minuto, ao último segundo!

O Inspector Serra compreende, no entanto, essa situação; é que o português tem uma necessidade inata de resolver problemas e, verdade seja dita, se se fizer tudo com método e planeamento nunca chega a existir um problema mas apenas um projecto bem conduzido e o tuga repudia a organização como se de uma praga de gafanhotos se tratasse.

O português gosta de se levar ao limite para sentir a adrenalina e, assim, está a semana toda no relax para, no último minuto, se assustar e, aí sim, bulir como se não houvesse amanhã!

A coisa resolve-se sempre embora nunca fique perfeita… Mas afinal não é mesmo isso que é ser português? Almejar a perfeição e nunca a conseguir por culpa própria?

Sejamos sérios,
Serra

Tuesday, October 11, 2005

AB Sexo

Quando o Inspector Serra começa a pensar que percebe o mundo e que já nada o surpreende a TVI consegue desmoronar todo esse pensamento como se de um castelo de cartas se tratasse e assim, aquilo que foi conseguido através de muito positive thinking, muita reflexão e muitas aulas de Yoga é atirado para a lixeira sem sequer sofrer o pequeno carinho da divisão de embalagens no cestinho da reciclagem

O programa que causou a animosidade psicológica do Inspector Serra foi, sem mais nem menos, o programa “AB Sexo” que o Inspector Serra nunca antes tinha visionado e, de repente, é confrontado, a sangue frio, com a enxurrada de violência, com o regresso da barbárie como se o próprio Atila, o Huno, tivesse renascido das cinzas e voltado, através do canal 4 da TV Cabo, para invadir e agredir o Inspector Serra.

Entre um tipo que ligou a perguntar que:
“Como não o consegui tirar a tempo pareceu-me que ainda lá ficaram uns quantos ‘ispermatuzóides’, assim, eu depois passei por lá ‘áuga’ para ver se os matava. Como num aconteceu nada a minha pergunta era se a áuga mata os ispermatuzóides?”

Ou a gaja que perguntou:

“O meu namorado anda fora a semana toda e depois no fim de semana quando, prontos, vamos ter sexo ele não o consegue pôr de pé. Será que a abstinência prejudica as erecções?”

A criatura que apresenta a coisa é indescritível e, para além de apresentar uns andróides feitos em 3D, em várias posições sexuais também falou que era muito agradável o sexo sem penetração, como, e parafraseando, “a cubana, onde o homem fricciona o pénis nas, digamos, mamas da mulher”…

Resumindo, o Inspector Serra conseguiu resistir à tortura de ver isto por 10 minutos e foi presenteado com pérolas como a apresentadora a incitar à foda de sovacos, a grunhos a pensarem que afogam nhanha e uma frustrada que pensa que o namorado não esteve a ir às putas a semana toda mas que está, simplesmente, cansado do trabalho…

É realmente fruta a mais… e pensar que a Educação Sexual ainda não está nas escolas mas depois temos de levar com isto, um programa em directo, à 1 da manhã, com velhotas a porem preservativos em pepinos…

Antes fosse como no tempo do Inspector Serra onde a malta via pornozada às escondidas! Ao menos aí só se ouvia “Pone-te de rodillas y pede clemencia” e não os disparates da Professora do Sexo.

Sejamos sérios,
Serra

Monday, October 10, 2005

Caribe

O Inspector Serra não pára e anda constantemente a oferecer-se como voluntário para missões humanitárias no estrangeiro. Assim, depois da operação Croácia eis que o Inspector Serra volta a colocar o capacete azul e agora dirige-se para a zona dos coqueiros acreditando que as previsões meteorológicas de tempestades são tangas de velhos gagás como o Anthímio de Azevedo ou de loiras burras como a Alexandra Fernandes.

Sendo já o sétimo carimbo da Rep. Dominicana que o Inspector Serra põe no seu passaporte tendo também já acumulado mais uns quantos de Cuba e do Brasil, o Inspector Serra sente, por vezes, que aquilo é que era e que deveria deixar o seu património e fazer-se qual Cristóvão Colombo ou Pedro Álvares Cabral à aventura para o outro lado do Atlântico.

A ideia não passou pela cabeça do Inspector Serra como um vipe mas existem sim bastantes pontos concretos que reforçam essa ideia:

- Na Rep. Dominicana fala-se espanhol e, portanto, ao contrário de Portugal existem bastantes frases que não compreendemos não ouvindo, assim, os disparates
- Os políticos orgulham-se de ser corruptos e, portanto, vive-se numa sociedade mais transparente
- Lá um português é visto com respeito e (vá-se lá saber porquê) vindo de um povo avançado. É parecido connosco a olhar para um norueguês.
- Na praia é mais difícil ver geleiras.
- A água é limpa e cristalina o que possibilita não ouvir parvoíces como “Assim com algas (leia-se lixo) é que é bom… é iodo!”
- A malta é feliz no trânsito, vai-se em contramão, fazem-se todo o tipo de infracções mas não se vêem engarrafamentos, buzinadelas e condutores a insultarem-se mutuamente.
- Tudo é barato. Um português sente-se quase o Bill Gates nas Filipinas.
- Haja sol e merengue e há a promessa de o dia correr bem.
- Como há televisão por satélite apanham-se inúmeros canais de interesse incluindo a HBO e não temos de levar com os Batanetes, o Esquadrão G ou a 1ª companhia.
- Como aquilo são só gajos do baseball, fazemos furor a jogar futebol e perguntam-nos como fazemos aquela finta.

Agora a grande questão é a de saber se será desta que o Inspector Serra por lá ficará… o Serra pensa que não… mas um dia quem sabe?

Sejamos sérios,
Serra

Friday, October 07, 2005

Species

Mesmo depois das duras épocas de fogos florestais e da seca que teima em perdurar, Portugal continua um ecossistema repleto de espécies raras e que mereceriam o estudo de diversos exploradores e investigadores.

Uma vez que as entidades internacionais insistem no desconhecimento sistemático da fauna extremamente rica existente no nosso país, o Inspector Serra viu-se obrigado a partilhar com os seus leitores uma breve sinopse sobre alguma das espécies mais típicas existentes em Portugal:

Cobra cuspideira
Existe uma proporção maior de machos da cobra cuspideira embora nas áreas mais a norte de Portugal e em zonas como Mouraria ou Martim Moniz possam ser encontrados diversos exemplares fêmea. A cobre cuspideira pode ser identificada pelo seu ar rude e mal encarado mas, acima de tudo, pelo ruído de puxar gosma e, de seguida, o expelir com alguma violência para o passeio. A cobra cuspideira apresenta-se, pois, como uma grande ameaça para sapatos de camurça.

Pica-pau GTi
O pica-pau GTi caracteriza-se pela sua fisionomia: sempre usando um chapéu e uma manga à cava, seja dia, seja noite, faça sol ou faça chuva. O pica-pau GTi é, no entanto, uma espécie extremamente social fazendo-se sempre acompanhar, geralmente, de mais quatro exemplares. Assim, nos habituais grupos de cinco, os pica-paus GTi deslocam-se sempre num carro GTi, usualmente amarelo, com janelas abertas ao som ensurdecedor de “música” completamente inaudível pelos seres humanos.

Pavão de sapato vela
Esta espécie é uma espécie que geralmente pode ser observada entre os 16-30 anos de idade e usa, como penugem, apenas camisas Gant, Ralph Lauren ou Façonnable mas, para se ter a certeza que se trata de um pavão de sapato de vela, como o nome indica, tem que se lhe olhar para as patas. É igualmente necessário reparar no seu ar altivo, de quem tem o rei na barriga, e de quem pensa para si “eu é que mando nesta merda toda”. Embora possa ser observado com diversos penteados o mais comum é uma gadelha amorfa penteada para a frente a cobrir os olhos. Costuma ser emparelhado na gaiola com a perua BBC.

Perua BBC
Fiel seguidora e companheira do pavão de sapato vela, a perua BBC pensa que é fina, esforça-se por parecer fina, lê revistas onde aparecem outras peruas BBC que pensam que são finas e tenta imitar as peruas BBC que não são finas mas pensam que são. Resumindo, a perua BBC, embora sendo em 98% dos casos cabeleireira (sendo os outros 2% ex-toxicodependentes), acreditam que são a nata, que os homens morrem de desejo por elas e que não se mistura com gente que, segundo elas, nem sequer merecem pisar o mesmo solo. Assim, visitam apenas locais nocturnos como o BBC (daí o nome da espécie), o Jezebel ou o Tamariz no Verão. Durante o dia, vestem bata branca e penteiam tias de Cascais.

Pseudo-águia careca
Esta espécie sofre de graves perturbações mentais: pensa que é águia, comporta-se como águia e vê-se como águia sendo que, no entanto, tem o pêlo ralo, não levanta vôo e as suas unhas já não lhe servem sequer para tirar a cera do ouvido. A pseudo-águia careca, ainda assim, sai constantemente para o ataque nocturno tentando disfarçar-se ao colocar gel sobre os poucos cabelinhos que tem na careca e geralmente deixando um grande farfalho na parte traseira do escalpe. É obrigatório para a pseudo-águia careca possuir um Porsche e mostrá-lo em todas as ocasiões.

Sapo boca-cheia
O sapo boca-cheia está repleto de bazófia e, assim, não há quem o aguente. É o tipo de espécie que nunca é convidado para os jantares e a quem as pessoas têm receio de apresentar aos amigos pois, simplesmente, não há pachorra para ele. Nunca se cala, e, para além disso, aquilo que fala nunca interessa a ninguém. Para agravar a situação muitas das coisas que diz são pura farsa e invenção.

Libélula ticosa
Há espécies que são irritantes pela sua própria existência como é o caso da libélula ticosa. Embora existam inúmeras espécies de libélulas que não incutem o espírito da violência nos seres humanos, tal não é o caso da espécie ticosa. Esta espécie esvoaça pelas ruas ostentando o seu gay pride, usando roupas em tudo idênticas aos lutadores de luta greco-romana e com a mãozinha ao vento, cheia de tiques, sendo obrigatório o usa de uma malinha à tiracolo. Tratam toda a gente por “Querido” ou “Querida”. Embora não fosse conhecido que andassem em grupos numerosos verificou-se, recentemente, um fenónemo – um esquadrão desta espécie de libélulas – que foi denominado Esquadrão G. G de Grandes libélulas ticosas…

Camaleão tímido
O camaleão tímido é uma espécie simpática e sociável. É divertido, espontâneo e com sentido de humor mas apenas nos ambientes que domina e rodeado de espécies com as quais já adquiriu confiança e à vontade. Basta arrastá-lo para um local onde se verifique flirt no ar para que ele se encoste a uma parede, com um copo na mão, e se dilua na tinta sendo, praticamente, impossível de o ver. O camaleão tímido consegue manter-se assim, imóvel, até quase cinco horas.

A raposa chica-esperta
A raposa chica-esperta é uma das espécies mais comuns em Portugal. Acha sempre que é mais esperta que as outras espécies e faz disso o seu mote de vida. Estaciona em segunda fila, circula pela faixa do bus, engana na declaração do IRS, faz cinquenta pausas para café e para fumar um cigarro sempre com a mesma ideia na cabeça “A mim é que não me enganam”. A raposa chica-esperta embora nunca mude, pode amansar o seu comportamento quando leva uma valente surra.

O porco Cohiba
Este tipo de porco pode ser visto em inúmeros locais sendo que o Clube de Jornalista ou o XL possam ser alguns locais onde há grande probabilidade de serem vistos. Gostam de beber vinho caro, whisky e de se fazerem acompanhar por garotas de programa mas o ponto fulcral a analisar para saber que se trata de um porco Cohiba é o mesmo se o gordo suado, de fatinho, acender um charuto quando toda a gente à sua volta ainda está a jantar. O Inspector Serra acredita piamente que este tipo de porco devia estar na linha da frente para a matança mas, claro, isso é apenas uma opinião pessoal.

A cabra mal fodida
A cabra mal fodida está sempre com problemas e nunca tem um único momento de descontracção ou boa disposição. Ao contrário do que o nome indica tal não se deve apenas à falta de picha (embora isso ajude) mas sim a um crâneo que parou de se desenvolver precocemente inviabilizando, portanto, o crescimento do cérebro. A cabra mal fodida para além de achar que é boa, quando não o é, acha que é inteligente, quando não o é, e divertida, quando não o é, e, assim, consegue, mesmo sendo mal fodida, foder a cabeça a todos os que estão à sua volta.

Um artigo do Inspector Serra para o National Geographic.

Sejamos sérios,
Serra

Wednesday, October 05, 2005

Vigarices

Com tanta merda que se proíbe é incrível ver como ainda passa a TV Shop na televisão sem que ninguém se revolte com aquilo. O rol de barbaridades que lá são ditos a juntar aos utensílios macabros que vendem fazem uma mistura explosiva que acaba, necessariamente, por rebentar no trombil da labregagem que cai na esparrela.

Infelizmente, por cada pacóvio que se vê a passear as suas pulseirinhas medicinais (sim... aquelas com as duas bolinhas) é um sintoma do cancro generalizado que reina na mente dos nossos conterrâneos e mais um a fazer peso morto para afundar a já bosta de país onde vivemos mais para dentro da sarjeta.

Um velhinho que acredita que com uma pulseirinha cura as doenças, vive até aos 100 e fica com a tesão de um pastor alemão com o cio é um gajo pronto para o abate. O Inspector Serra é defensor acérrimo da eutanásia e, em casos como este, pensa que, pronto, a um gajo que compra coisas no TV Shop devia ser posto término à sua patética vivência respeitando assim a sua dignidade e daqueles que o rodeiam.

Assim o Inspector Serra faz um apelo.

Velhinhos gagás, abram esses olhos cheios de ramelas! Não é na TV Shop que se safam... Se não mocaram as ucrânianas quando eram novos não é agora com a pulseirinha que vão recuperar o tempo perdido. Joguem às damas e à sueca que também é giro!

Orcas, Leões Marinhos, Focas, Gordas em geral. Não é com a cinta adelgaçante que se tornam na Cindy Crawford. Não é a besuntarem-se de cremes e a ligarem-se com papel vegetal que essa camada adiposa, mantida há anos à custa de muito chocolate Milka e cozido à portuguesa, se evapora!

Donas de casa, velhotas do espanador, mãe do Mário. Não é com a merda das vassouras xpto que os gajos vendem que a casa se limpa mais depressa. Não é com os paninhos milagrosos que atraem o pó como se tivessem iman que as vossas tarefas custam menos. Tudo na vida custa, nada é fácil! O Taveira também dizia à Fatinha que não custava nada e bem que a Fatinha berrou...

Para terminar, o Inspector Serra gostaria de solicitar a algum Excelentíssimo Juiz (ou o próprio G! se se verificar que ganha as eleições) para lhe dar um mandato para uma rusga às instalações da TV Shop.

Nada daria mais prazer ao Inspector Serra do que colocar essa gentalha toda numa sala sem janelas e lhes dar um aviamento forte e feio com sacos de laranjas e listas telefónicas!

Sejamos sérios,
Serra

Tuesday, October 04, 2005

Já vais?

Esta frase é, eventualmente, a frase mais enervante que se pode ouvir de um colega de trabalho e, como são 17.30 e mais meia horita o Inspector Serra já a estará a ouvir, o Inspector Serra vai dedicar esta meia hora e, consequentemente, este post a respostas para dar ao labrego que sabe bem que o Serra se está a pôr a andar mas, ainda assim, quer mandar a graça e fazer entender que ele, porque criou raízes à secretária, é que é um bom trabalhador.

Passemos à listagem:

- Vou… mas prometo voltar amanhã!
- Se tiveres medo de ficar sozinho posso ficar mais 10 minutos a segurar-te na mão
- Não, vou só lá fora respirar um bocado de monóxido de carbono e já regresso. São necessidades específicas do meu organismo…
- Vou… é que me voluntariei para fazer a entrega do correio da empresa, volto às 10 da noite para fazer a limpeza do edifício e amanhã cá nos vemos às 9.
- O administrador pediu-me para ir jogar ténis com ele… queres que lhe ligue a dizer que achas mal?
- Não, vou só ao dealer comprar speeds para aguentar mais umas quantas noites em branco a trabalhar… é que eu adoro isto!
- Ainda ficas?
- Partir-te a boca toda? Queres?

Olhem… são poucos os items da listagem… ajudem lá o Inspector Serra a torná-la mais extensa pois este já vai.

Sejamos sérios,
Serra

Monday, October 03, 2005

Bloggers Club Card

O Inspector Serra e alguns membros mais activos da sociedade civil mobilizaram-se para a criação de um cartão para fazer concorrência directa e feroz aos palermas do Diners Club. O projecto começou a ser delineado há já algum tempo e contou com a colaboração de inúmeras personalidades do panorama português cujas identidades se manterão anónimas.

De facto, depois de longas reuniões de discussão, inúmeros briefings, contactos com potenciais parceiros foi criada a versão beta 1.01 do Bloggers Club Card que foi colocada em experiência pelos próprios membros fundadores do mesmo.

Não estando, para já, ainda numa versão estável o Inspector Serra vai abrir apenas um pouco a cortina adiantando, desde já, alguns parceiros e serviços a que os subscritores deste cartão terão direito:

- Maxim’s Paris. Com direito a restauração, o perfume Orphee e claro as suas caixinhas de chocolate mundialmente famosas
- Velho Barreiros e Stolichnaya Wodka. Que permitem a criação de Caipirinhas e Caipiroskas de inúmeros sabores. Sempre servidas em copos mega size.
- Absolut Melon. Para os shots mais fresquinhos, fresquinhos.
- Trivial Pursuit. Onde os aderentes arriscam nas hipóteses mais macabras, sem medo, e sempre com a colaboração do Tristão!
- Matraquilhos Américo Luís. Para treinar este jogo tão português. O Bloggers Club Card oferece um pack de cinco aulas particulares com o professor Fred.
- Aulas de Forró no Armazém F. Divirta-se nesta casa com um ambiente extremamente eclético.
- Fotografias Mário. Venha ao estúdio e tire uma foto com os seus pais sempre com o mesmo look artístico que pode ver no site dos Almiscarados.

Obviamente, devido ao sigilo profissional, o Inspector Serra não pode abrir o livro todo mas, concerteza, o Bloggers Club contará em breve com novos parceiros aderentes de forma a tornar, cada vez mais, este cartão uma referência mundial!

Sejamos sérios,
Serra