País das Cadernetas
Um país onde há gajos que actualizam cadernetas é um país condenado a definhar num mar de ignorância e atraso. Tudo isto para dizer que ainda há bem pouco tempo, quando estava o Inspector Serra a levantar dinheiro, lá se encontrava uma criatura a actualizar a dita cuja.
Já a própria existência de dinheiro, numa sociedade que se quer electrónica, é algo rudimentar quanto mais ter talões, cadernetas, papéis em geral. A simples existência de papel é algo atrasado já para não ir às implicações ecológicas que a mesma traz consigo. Ocupa espaço, faz confusão, lixo, dá calo nos dedos escrever com caneta… Hoje, o tempo mais perdido que posso recordar, foi, sem dúvida, o perdido a treinar a caligrafia; a rabiscar em caderninhos, qual pauta musical, G’s desenhados e Z’s artísticos. Tudo hoje sem sentido e sem significado.
Nitzsche dizia que “Deus morreu” mas ele está vivo… e bem vivo… basta ver a cambada de gebos que percorrem as estradas rumo a Fátima, de colete fluroscente, a carregar velinhas e a povoar igrejas aos domingos… tal como o papel, o talão da registadora, a factura, o recibo, os cartões de visita, tudo o que acarreta atraso….
Vivemos com clips, agrafos, furadores, fita cola, tesouras e envelopes… Afiamos lápis, vamos ao banco buscar extractos da conta, ficamos manhãs em filas de repartições de finanças, na loja do cidadão… embrulhamo-nos em burocracia e em métodos que em outras países lembram a pré-história.
Questionamo-nos como estamos na cauda do desenvolvimento, enquanto carregamos a enxada no ombro e vamos à CGD actualizar a caderneta.
Sejamos sérios,
Serra
Já a própria existência de dinheiro, numa sociedade que se quer electrónica, é algo rudimentar quanto mais ter talões, cadernetas, papéis em geral. A simples existência de papel é algo atrasado já para não ir às implicações ecológicas que a mesma traz consigo. Ocupa espaço, faz confusão, lixo, dá calo nos dedos escrever com caneta… Hoje, o tempo mais perdido que posso recordar, foi, sem dúvida, o perdido a treinar a caligrafia; a rabiscar em caderninhos, qual pauta musical, G’s desenhados e Z’s artísticos. Tudo hoje sem sentido e sem significado.
Nitzsche dizia que “Deus morreu” mas ele está vivo… e bem vivo… basta ver a cambada de gebos que percorrem as estradas rumo a Fátima, de colete fluroscente, a carregar velinhas e a povoar igrejas aos domingos… tal como o papel, o talão da registadora, a factura, o recibo, os cartões de visita, tudo o que acarreta atraso….
Vivemos com clips, agrafos, furadores, fita cola, tesouras e envelopes… Afiamos lápis, vamos ao banco buscar extractos da conta, ficamos manhãs em filas de repartições de finanças, na loja do cidadão… embrulhamo-nos em burocracia e em métodos que em outras países lembram a pré-história.
Questionamo-nos como estamos na cauda do desenvolvimento, enquanto carregamos a enxada no ombro e vamos à CGD actualizar a caderneta.
Sejamos sérios,
Serra
1 Comments:
Deixa-me adivinhar, adoras ir a lojas do cidadão e coisas do género...
Post a Comment
<< Home