Previsões
O português tem sede de conhecimento talvez por, intrinsecamente, saber que pouco ou nada sabe. No entanto, o tuga junta à benéfica curiosidade de se cultivar com conhecimento uma ainda maior falta de vontade de percorrer o caminho, nem sempre fácil, que leva à sabedoria e ao know-how.
A verdade é que saber dá trabalho e se há coisa que gostamos pouco é de trabalhar. Não porque sejamos preguiçosos mas por causa do calor ou do frio ou da chuva… no fundo são as condições meteorológicas que não nos fazem evoluir pois, parece que o português apenas se dá bem com a neve – daí o sucesso inequívoco que os portugueses têm na França, na Suiça ou no Canadá.
Assim, lançados os dados das premissas do silogismo, temos:
O português quer saber
O português não quer trabalhar para saber
Logo o português adivinha
E é isto que aflige o Inspector Serra. Cá, por terras lusitanas, ninguém sabe mas ninguém admite a sua não-sabedoria e, quando não se sabe, adivinha-se ou, em linguagem técnica, prevê-se.
Portugal é o país das previsões. Desde os 6,83% do Constâncio à criação dos 120.000 empregos do Sócrates, as previsões são o pão corrente de cada dia e cá vai o povão, qual cordeirinhos do rebanho, a ouvir as previsões como se de algo sério se tratasse.
O Inspector Serra imagina a reunião dos 120.000 empregos com o Coelho a perguntar ao Sócrates:
- Ò Zé, quantos empregos é que pomos aqui que vamos criar?
- Epá… põe 120.000 que assim a malta associa ao estádio da Luz e parece mesmo que é muito.
É o mal da nação. Todos mandam palpites, ideias, previsões mas sem nenhuma sustentabilidade das mesmas. Apenas temos arquitectos que começam pelo telhado.
Se realmente ninguém sabe das coisas e ninguém quer realmente se dar ao trabalho de saber então vamos mas é colocar a Maya, o Zandinga, o Prof. Herrera e o Prof. Karamba a mandarem nos destinos do país.
Como as coisas estão talvez nos safássemos melhor com as cartas do Tarot e com o outro atrasado a passar cordéis pelo nariz do que com a merda de previsões que nos impigem. De wishful thinking estamos todos fartos toca mas é a trabalhar e a dizer as coisas como elas são.
Sejamos sérios,
Serra
A verdade é que saber dá trabalho e se há coisa que gostamos pouco é de trabalhar. Não porque sejamos preguiçosos mas por causa do calor ou do frio ou da chuva… no fundo são as condições meteorológicas que não nos fazem evoluir pois, parece que o português apenas se dá bem com a neve – daí o sucesso inequívoco que os portugueses têm na França, na Suiça ou no Canadá.
Assim, lançados os dados das premissas do silogismo, temos:
O português quer saber
O português não quer trabalhar para saber
Logo o português adivinha
E é isto que aflige o Inspector Serra. Cá, por terras lusitanas, ninguém sabe mas ninguém admite a sua não-sabedoria e, quando não se sabe, adivinha-se ou, em linguagem técnica, prevê-se.
Portugal é o país das previsões. Desde os 6,83% do Constâncio à criação dos 120.000 empregos do Sócrates, as previsões são o pão corrente de cada dia e cá vai o povão, qual cordeirinhos do rebanho, a ouvir as previsões como se de algo sério se tratasse.
O Inspector Serra imagina a reunião dos 120.000 empregos com o Coelho a perguntar ao Sócrates:
- Ò Zé, quantos empregos é que pomos aqui que vamos criar?
- Epá… põe 120.000 que assim a malta associa ao estádio da Luz e parece mesmo que é muito.
É o mal da nação. Todos mandam palpites, ideias, previsões mas sem nenhuma sustentabilidade das mesmas. Apenas temos arquitectos que começam pelo telhado.
Se realmente ninguém sabe das coisas e ninguém quer realmente se dar ao trabalho de saber então vamos mas é colocar a Maya, o Zandinga, o Prof. Herrera e o Prof. Karamba a mandarem nos destinos do país.
Como as coisas estão talvez nos safássemos melhor com as cartas do Tarot e com o outro atrasado a passar cordéis pelo nariz do que com a merda de previsões que nos impigem. De wishful thinking estamos todos fartos toca mas é a trabalhar e a dizer as coisas como elas são.
Sejamos sérios,
Serra
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