Friday, September 16, 2005

Terror no avião

Existiu um dia na existência do Inspector Serra onde este, aquando no seu avião trajecto Havana-Lisboa, desejou existir uma torre no meio do Atlântico onde o piloto pudesse despenhar a aeronave e, assim, terminar com o suplício do Inspector Serra.

Como é sabido, em altitude, há uma redução de oxigénio e parece que o género lusitano, que já tem poucas células cerebrais para irrigar, quando a 10.000 metros de altitude, a sua grunhice cresce exponencialmente.

Existiam duas personagens no avião, que o Inspector Serra denominou por o Neander (pela sua parecença com o homem de Neanderthal) e o amigo, que, apetrechados com aqueles chapéus de palhota ordinários que se vende pelo Caribe, decidiram apanhar uma ganda bezana e toca de mandar vir garrafinhas de whisky.

Entretanto, muito Johnnie Walker depois, já estão as duas criaturas a berrar à grande e começaram a gozar com um velho careca de calções, com peúga branca até ao joelho e, claro, a sandália. O Inspector Serra só ouviu:

- Careca é o caralho... você já tem idade para ter juízo
- Mas o que é que foi, pá?
- O que é que foi? Veja lá se não tenho de lhe dar uma lambada!

Injúria para aqui e para ali, em pleno voo, e os tipos começam-se a pegar às turras e foi necessário vir um comissário de bordo separar os bichos e só diz assim:

“Então? Como é que é? Isto é um avião, não é um café!!!”

A coisa acalma e, pouco depois, ouve-se algo nunca antes ouvido na cabine de som:

“A Air-Luxor informa que, a partir do presente momento, não servimos mais bebidas alcoólicas a bordo. Pedimos desculpa àqueles que gostam de beber um copo com moderação mas, infelizmente, existem pessoas que exageram”

Coisa amenizada e eis que há um grupo de umas quantas gajas, todas feias e barrascas, que começam a gritar, num modo aparentemente aleatório “Até a barraca abana!!!”

Entre tudo isto, nos (poucos) intervalos onde a barraca não abanava o Inspector Serra deu por ele a ouvir “Criiiiiiii! Criiiiiii!” e pensou “O que é esta merda?”

“Criiiiii! Criiiiii”, e o Inspector Serra sem perceber nada daquilo… entretanto ouve um grito a dizer “Cala-te que eu já te dou de comer!”

Então, pasmem-se, era um gebo que tinha trazido um grilo num frasco de Cuba…

A chegar a Lisboa ainda se ouviu mais uma pérola… um gordo de camisa aberta até ao umbigo que se virou para a mulher e, avistando Monsanto, disse “Epá!!! Olha-me aqui tanta encosta para construir!!!”

Assim, depois da barraca muito mais ter abanado, confesso, amigos, que nunca aquela triste e tão portuguesa mania de bater palminhas à aterragem soube tão bem à pobre e cansada alma do Inspector Serra.

Sejamos sérios,
Serra

6 Comments:

Blogger Inspector Serra said...

4 AM? o Serra às 4 da manhã ou está a dormir ou está a produzir!!!

Onde é que foi buscar essa hora?

O seu G! merece levar nas orelhas quando posta coisinhas lamechas como esta última!

Cat, seja pontual no nosso encontro!

Aquele abraço,
Serra

3:17 PM  
Blogger Teresa said...

Foi o Inspector que escreveu este texto?!
Porque será que não me parece??

3:25 PM  
Blogger Inspector Serra said...

Não lhe parece? mas o que quer dizer com isso? que o Inspector Serra é uma fraude!

Dobre a língua, amiga Teresa, e seja séria.

Serra

3:27 PM  
Blogger GoncaloCV said...

se fosse comigo tinha aplaudido a cena toda e não a aterragem. não é todos os dias que tens direito a uma Revista em pleno vôo. Não tava por lá o La Féria?

Já agora....esses gajos carecas são do carvalho!

4:23 PM  
Blogger GoncaloCV said...

acho que o texto vem no New York Post da última edição

Encontro com a Cat??? Mau mau mau!

4:25 PM  
Blogger Inspector Serra said...

O encontro tb é consigo, amigo ciumento.

Seja sério,
Serra

4:37 PM  

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