Os dias da rádio
Mal sabia Nikola Tesla que a sua invenção serviria propósitos tão sórdidos. Muito se haveria Marconi de bolsar perante as repugnantes ondas de rádio que assolam o éter português.
É de pasmar como se permite com toda a impunidade aquilo que se ouve na rádio portuguesa. O Inspector Serra é defensor de que apenas deveria ser permitida a difusão de música, trânsito e publicidade pois para diálogos entre labregos profissionais e labregos ouvintes já não há paciência. Imagino que muitos dos acidentes automobilísticos que existem por esse país fora se devam às barbaridades que ouvimos na rádio; a mente, desatenta ao disparate, recebe a mensagem de merda, bloqueia com a anormalidade e PIMBA, acidente!
Desde pedidos para se levantar o rabo preguiçoso da cama, quer a descrições de fins de semana, quer a sketchs completamente sem nexo, a musiquinhas cantadas pelos comparsas, de tudo se ouve na rádio, sem censura, directamente para o tímpano do ouvinte.
Já não há paciência… Pobres de espírito a comunicar com miseráveis de espírito em ínfimas partilhas de fait divers, em abraços virtuais de apoio extra fronteiras, em pedidos para passar músicas de merda nas mesmas rotinas de merda (pois as rádios passam sempre a mesma coisa)…
Por amor de deus, alguém crie a rádio silêncio para que a possamos sintonizar e, pelo menos durante os minutos que conduzimos, possamos não estar a ser bombardeados com bosta em língua portuguesa.
Sejamos sérios,
Serra
É de pasmar como se permite com toda a impunidade aquilo que se ouve na rádio portuguesa. O Inspector Serra é defensor de que apenas deveria ser permitida a difusão de música, trânsito e publicidade pois para diálogos entre labregos profissionais e labregos ouvintes já não há paciência. Imagino que muitos dos acidentes automobilísticos que existem por esse país fora se devam às barbaridades que ouvimos na rádio; a mente, desatenta ao disparate, recebe a mensagem de merda, bloqueia com a anormalidade e PIMBA, acidente!
Desde pedidos para se levantar o rabo preguiçoso da cama, quer a descrições de fins de semana, quer a sketchs completamente sem nexo, a musiquinhas cantadas pelos comparsas, de tudo se ouve na rádio, sem censura, directamente para o tímpano do ouvinte.
Já não há paciência… Pobres de espírito a comunicar com miseráveis de espírito em ínfimas partilhas de fait divers, em abraços virtuais de apoio extra fronteiras, em pedidos para passar músicas de merda nas mesmas rotinas de merda (pois as rádios passam sempre a mesma coisa)…
Por amor de deus, alguém crie a rádio silêncio para que a possamos sintonizar e, pelo menos durante os minutos que conduzimos, possamos não estar a ser bombardeados com bosta em língua portuguesa.
Sejamos sérios,
Serra