Wednesday, November 30, 2005

Almoço

Aproxima-se a hora de almoço e, portanto, o momento de repor a estabilidade emocional que uma manhã de trabalho abalou seriamente.

Há gente que almoça, outros, como o Inspector Serra, têm hora de almoço. Perder a hora de almoço a almoçar é, por mais dúbio que possa parecer, um verdadeiro desperdício pois o almoço em si serve apenas de pretexto para pormos a conversa em dia com os amigos, dar um pequeno passeio quando o dia a isso convida ou ver uma lojinhas nas quais estávamos de olho.

A hora de almoço é como o tempo de férias, escasso e fugaz exigindo que seja bem aproveitado e que, enquanto o disfrutamos, consigamos verdadeiramente senti-lo a percorrer os sentidos.

Nada é mais triste do que uma alma só, sentada numa cadeira plastificada de um qualquer estabelecimento de fast food a enfardar um hamburger, apressado, nervoso, caótico…

Andamos obrigados a tarefas de semi-escravidão para com uma sociedade que em nada nos retribui e muito menos nos congratula ou agradece e, se ao menos não tivermos esta horita de almoço, esta visita ao pátio da prisão, este respirar de ar puro então é que a loucura se instala por completo!

Tenho de deixar de escrever posts antes de almoçar caso contrário este blog torna-se uma completa paneleirice… bem… vou recuperar a sanidade, vou para a hora de almoço…

Sejamos sérios,
Serra

Tuesday, November 29, 2005

A religião é o ópio do povo

"A religião é o ópio do povo. O desaparecimento da religião como felicidade ilusória do povo é uma exigência da sua felicidade real" afirmava Karl Marx.

A velha carcaça comuna disse tanta merda e falhou em tanto prognóstico que tanto tiro mandou aos melros que lá acertou num.

Como em pleno século XXI se continua a pregar a Deus e a perder tempo que podia ser empregue a criar riqueza, buscar cultura ou em ajudas sociais, em missas e em procissões Av. da Liberdade abaixo é algo que continua a não entrar na mente do Inspector Serra. Não é só a questão de foderem o trânsito todo ou, de vez em quando, um peregrino a Fátima ser colhido por um camião que importuna o Inspector Serra mas sim a total apatia perante a realidade social das coisas que essa gente demonstra em oposição pela revolta com que se insurgem perante “problemas” menores ou irrisórios que só à Igreja dizem respeito.

O Inspector Serra deu-se conta disto quando uma população, algures para o interior português, onde Judas perdeu as botas, se revoltou perante a troca de um padre e toca de o padre se trancar na Igreja, dizer que não sai, e a população barricar o homem lá, guardando o sacristão com a sua própria vida, e tomando uma posição de força que não se vê a tomarem por não terem praticamente sustento nem uma casa condigna.

Os media dão cobertura a isto porque acham que estas histórias divertem a malta e é ver as velhotas com o seu orgulhoso buço e os velhos barrascos de nariz encarnado a fazerem a defesa do padre e a jurarem que o padre não sai nem que para isso se tenham de imolar pelo fogo…

Se só o povo se insurgisse contra as coisas realmente graves que se passam na sociedade e mandassem as rezinhas e as velinhas pó queeeeeeraaaalhooooo...

Sejamos sérios,
Serra

Monday, November 28, 2005

Falsos moralismos

Há gente para quem tudo devia ser cor-de-rosa e para quem, na sua mente, o mundo deveria funcionar como um relógio suíço e todos vivermos em fraternidade e harmonia. Esses gajos, ao contrário do que dizia o John Lennon, não são sonhadores, são estúpidos e o ganzado do Beatle bem que se deve ter apercebido disso quando levou com um balázio no meio dos olhos.

Quando um gajo vê um bando de pretos, leia-se mais de 8, a brincar com correntes e a afiar navalhas será racismo passar para o outro lado da rua? Lá virão as extremistas associações de defesa da exclusão e trinta por uma linha dizer que, se calhar, até podem ser rapazes muito bons e que é errado ter preconceitos… Mas que porra… às vezes as coisas não são o que parecem mas a verdade é que em 99% dos casos até são e é preferível cometer uma injustiça uma vez em cem do que apanhar nos cornos noventa e nove vezes…

Quando me falam em ciganagem séria também fico logo com os pêlos do pescoço eriçados… cá para o Inspector Serra até o Quaresma carrega a navalha à cintura e vai para a porta dos tribunais de carabina na mão disposto a limpar o sebo ao primeiro que se insurgir contra o primo que está a ser julgado… concerteza há-de haver a excepção à regra mas cá o Inspector Serra prefere ficar fora do perímetro dos acampamentos pois parece que a comitiva de boas vindas de lá não é propriamente amistosa.

A quinta do mocho pode ter malta muito amiga mas a verdade é que o Serra, mesmo sendo das forças especiais, prefere ficar sem visitar a zona. Chamem-lhe preconceituoso, o Inspector Serra prefere apelidar-se de precavido. Podem-se protelar os falsos moralismos que se quiserem e, na teoria, eles até estão certos mas a verdade é que o pragmatismo da vida nos leva a optar pelas decisões mais defensivas e os moralismos, se não nos quisermos lixar à séria, é melhor ficarem na gaveta ou nos discursos.

Sejamos sérios,
Serra

Friday, November 25, 2005

Bibis

Hoje temos mais um criminoso a andar pelas ruas. Tudo isto graças a um sistema judicial merdoso e penoso e tudo o mais que de mau existe acabado em “oso”.

Os cabrões dos oficiais de justiça e dos juízes que são a maralha que mais ganha na função pública, nem se percebendo bem porquê, ainda se metem em greves para exigir melhores vencimentos e mais férias devido à bosta de trabalho que realizam.

São aos milhares a cambada de advogados que tentam a todo o custo atrasar o sistema e assim dar cobertura a chulos, bandidos, homicidas e pedófilos.

Os filhos da puta dos políticos estão-nos sempre a sugar mais dinheiro com o pretexto de tornar as coisas melhores mas elas nunca melhoram e não é por acaso. Eles são os primeiros criminosos do sistema e, se o sistema funcionasse, seriam os primeiros a ir dentro.

Hoje temos mais um, que daqui a uns meses se evade para o Brasil e dá entrevistas, risonho, algures de uma praia do Nordeste bebericando uma caipirinha enquanto Portugal se diverte com o caricato da nossa situação e se ri da sua própria caricatura apontando orgulhosamente com o indicador direito aqueles que contornaram a justiça como exemplos a seguir.

Mas os verdadeiros criminosos não são estes mas todos nós, estamos todos na linha da frente, porque permitimos impávidos e serenos que se continuem a passar estas atrocidades à nossa volta sem o mínimo de acção, sem o mínimo de revolta.

Às vezes uns carros incendiados valem mais que mil palavras.

Sejamos sérios,
Serra

Thursday, November 24, 2005

Xmas chez Serra

É mau dizer isto mas as verdades são mesmo para se dizer e o Inspector Serra já não tem nenhuma paciência para o Natal. Esta festividade já teve o seu tempo e espaço mas, no seio de uma família onde o Inspector Serra é o rapazola mais novo começa a tornar-se numa verdadeira actividade inventiva ver alegria na quadra.

Entre velhotes a preverem que este será o seu último Natal, a pobres idosos mancos a tornarem o corredor da casa um verdadeiro IC19 tal o congestionamento que causam ao ampararem-se nas duas paredes, o sentimento de terror é infinito.

Ao jantar nenhuma conversa é minimamente interessante podendo apenas oscilar entre telenovelas, doenças, pomadas, medicamentos ou idas ao hospital. A comida, invariavelmente a mesma, seca e mal cozinhada, milhares de doces para fazerem disparar o colesterol dos velhadas que, há minutos atrás, prometiam sobre o terço que iam controlar a dieta. A desgraça não tem fim…

O aparelho de televisão, do tempo da segunda guerra mundial, apresenta sempre uma cor monocromática e a 3ª idade insiste em ver a missa do galo enquanto o Inspector Serra se afunda no sofá, fechando os olhos e querendo acreditar que em breve vai acordar deste sonho mau.

A entrega das prendas procede-se às 21 horas porque já 80% do animado grupo se encontra a dormir, sem forças para aguentar as 72 remanescentes horas para se cumprir a tradição e assim se abrem, penosamente, as prendas vendo todos a simular um esgar de alegria pelo peúgo, a rendinha ou o avental. Os avós do Inspector Serra insistem ainda em lhe oferecer o envelopezinho com 50 Eur para o “ajudar”… Se só eles soubessem que numa noite bem bebida se vai isso e muito mais…

É um martírio o meu Natal comparável ao martírio de Cristo mas sei que daqui a alguns anos recordarei cada um deles com alegria e saudade de os ter partilhado com a família que, mesmo manca, gagá e cansada, me adora e que eu adoro igualmente.

Sejamos sérios,
Serra

Wednesday, November 23, 2005

Apologia da garrafa

Há uns dias atrás o Inspector Serra deparou-se com uma teenager que passeava alegremente uma garrafa vazia de SuperBock Bairro Alto acima. Quando o Inspector Serra a questionou sobre qual a razão do tal transporte aparentemente infrutífero a jovem respondeu que, como não bebia álcool, preferia carregar a garrafa, qual cruz de Cristo, para não ser vista como careta pela bancada de mentecaptos que não percebe que o beber ou não beber nada tem a ver com a maneira de ser de uma pessoa.

Parece quase ridículo, à primeira vista, que alguém, para se integrar num grupo de bubadolas pacóvios seja obrigada a carregar uma garrafinha vazia mas, a verdade, e analisando friamente as coisas, é que toda a vida, todos nós carregamos as nossas garrafas seja ao colocar um fatinho para ir falar com o Sr. Director ou inventarmos regras de etiqueta com 1000 copos e 1000 talheres (cá para o Serra quem inventou a etiqueta foi a Cutipol) quando habitualmente, lá no refúgio da casa, até se come à manápula.

O Inspector Serra anda cansado de falsas aparências, de carregar as suas garrafinhas e de ver amigos a carregarem as deles pois o verdadeiro problema é que, enquanto todos formos tendo as mãos ocupadas com as garrafas vazias todos vão achando natural e não há quem diga que o Rei vai nú!

Jovem da garrafa vazia, se está a ouvir o Inspector Serra, da próxima deixe a garrafa em casa pois se tem gente que só se dá consigo se tiver a garrafa na mão é malta que, é certo, nem o vasilhame vale…

Sejamos sérios,
Serra

Friday, November 18, 2005

Zodíaco

Anda tudo com a mania dos signos. Não há gaja que conheça o Inspector Serra que não desate imediatamente a perguntar de que signo é o Inspector Serra, quando nasceu, qual o ascendete e trinta por uma linha.

Depois de sacada a informação lá se põem com contas de cabeça ou a ver compatibilidades ou simplesmente a debitar informação sobre como o Serra é, como o Serra pensa, o que o Serra faz… E assim, sem mais nem menos, com aquela migalha de informação conseguem saber mais sobre o Serra do que ele próprio sabe sobre si.

Se isto do Zodíaco vira, como querem fazer, ciência é começar a ver a malta a fazer previsões de quando a criança vai nascer, para ter o tal signo e o tal ascendente… a fazer viagens para o puto nascer na Polinésia Francesa porque lá a Lua está em Aquário e Mercúrio em Sagitário…

Qualquer dia até deixa de ser preciso as pessoas conversaram e se entenderem. Basta ter um cartãozinho com os dados astrais e uma calculadora para ver se as coisas batem certo!

Aqui o Serra é Virgem com ascendente em Gémeos! Portanto, bom sexo é comigo.

Sejamos sérios,
Serra

Thursday, November 17, 2005

Engolimentos

O Serra não engole. E se há coisa que o enerva é quem o faz sistematicamente e aparentemente de um modo mecanizado. Antes de começar a gracinha de que o Serra anda para aqui a chupar no calippo desde já avanço que este post não trata a fina arte do fellatio mas antes aqueles que, quando se encontram numa relação, teimam em engolir em seco quando autênticas barbaridades são ditas ou feitas pelo parceiro em prol de, segundo dizem, “manter bem as coisas”.

Vivemos numa sociedade onde se forçam as coisas ao limite e se teima em deixar as aparências ditarem o nosso modo de vida e, assim, lá vão gajos engolindo as parvoíces que a namorada (e vice-versa) diz, revirando os olhos de um modo discreto e contando interiormente até 100 para não lhe mandar uma valente chapada.

A questão que assola a mente solteira do Inspector Serra é o porquê de se manterem relações onde, claramente, as pessoas não se sentem confortáveis com muitas das ideias ou comportamentos da pessoa com que estão? Será conformismo? Habituação?

A ideia do Inspector Serra é que essa gente já engoliu tanto sapo que os anfíbios já lhe começam a toldar a vista e a pesar no estômago pois é malta que nunca tem pachorra para nada e muito menos iniciativa. São incapazes de passar um fim de semana fora num dos incríveis locais de turismo rural que Portugal dispõe, de se inscreverem num curso de escrita criativa ou de culinária e preferem sempre ir ao restaurante de sempre do que tentar algo novo e atrevido.

Geralmente o que mais gostam é de ir ao cinema pois assim não têm que ouvir a pessoa com que estão… E assim se passam ou melhor, perdem anos com constantes engolimentos e o pior é que, de tanto engolir, a coisa torna-se tique, e começam, para toda a vida, a engolir tudo o que lhes dizem sem sequer se aperceberem disso ou pensarem que podem não engolir e ganhar uma coisa chamada carácter.

Sejamos sérios,
Serra

Wednesday, November 16, 2005

TV travellers

Se uma pessoa ignorante per si não é factor de causar irritação à jugular da pescoçana do Inspector Serra, já gajos ignorantes sem vontade de o deixarem de ser fazem mais urticária à epiderme do Serra do que andar horas a fio a rebolar num campo de urtigas como se fosse um porquinho da Índia.

O caso onde a coisa se manifesta com mais relevância é na sua predisposição para viajar e, no fundo, conhecer novas pessoas, novos idiomas, novas cidades, enfim, novas maneiras de pensar que vão necessariamente moldar e aprimorar o nosso próprio modo de ver o mundo. Estes gajos, a quem o Inspector Serra “carinhosamente” decidiu denominar por TV travellers pensam que, por terem visto a Torre de Londres já lá foram e porque viram areia também já visitaram o Sahara. Este gente conhece o mundo pelos olhos da Oprah, do Dr. Phil, dos Batanetes e dos Morangos com Açúcar nunca tendo sentido no pêlo o que é estar perdido no meio dos montes, algures pela Croácia, sem transportes, e ter de voltar a Dubrovnik à boleia ou andar no meio da selva a tentar fazer o carro pegar tendo como companhia apenas a bicharada selvagem…

Se é certo que a viagenzita de japonês é igualmente irritante, os TV travellers pecam mais pois são gajos preguiçosos, a quem falta iniciativa de tratarem das coisas para se tornarem melhores pessoas e assim, lá vão, continuando no seu zapping e indo da Austrália à Gronelândia num click de dedo.

Esquecem-se, no entanto, que são as nossas experiências que fazem de nós o que somos. Esquecem-se que apenas se vive uma vez e que, num piscar de olhos apenas somos pó. Esquecem-se que a vida é para se gozar e não para estar de cuzinho abancado no sofá da Divani a mudar de canal, a ver a vida que a TV nos impinge e abdicar de ver pelos nossos olhos o que o mundo tem para nos oferecer!

Sejamos sérios,
Serra

Tuesday, November 15, 2005

Caça

Um gajo que acorda às 4 da matina, põe os cãezinhos no atrelado, veste-se a rigor e oleia as espingardas para ir com uns quantos gajos para a mata pode ser duas coisas: fanchono ou caçador.

Será que se nasce caçador ou é algo que se “aprende” a gostar? Tal como se diz que já se nasce homossexual, que é o tal cromossoma que está ligeiramente desviado, também acredita o Inspector Serra que os caçadores têm no seu código genético o gene burgesso em combinação com o gene labrego e que, portanto, se manifesta na forma do gosto pela caça.

Todos sabemos que, historicamente, a caça fazia parte da vida dos homens primitivos e, assim, esta gente mantém, como qualquer bom Homem de Neanderthal, o espírito vivo e activo. Obviamente, para além do gosto da caça, apreciam fazer gravuras rupestres e orgulham-se da sua capacidade craniana ser similar ao do Otzi.

Como também a esta gentalha chegou alguma (pouca é certo) civilização, em vez de pedras e lanças usam agora espingardas e lá andam eles, em grupinho, ao tiro aos patos, codornizes e pardais que andam a esvoaçar os campos. Os mais abastados até vão a África, para safaris, andar aos tiros a animais selvagens trazendo, orgulhosos, “troféus” que dizem bem da sua selvajaria.

É de facto impressionante como, em pleno séc. XXI, continua a existir gente de Antes de Cristo com estes “prazeres” que qualquer pessoa civilizada não consegue compreender. E lá andam eles, aos tirinhos, sem que exista alguém que ponha cobro a isto e lhes enfie um cano serrado pelo nalguedo acima!

Qualquer dia um gajo irrita-se e abre a caça ao caçador! Depois as gaiolas onde levam os cães vão-lhes dar muito jeito para irem para o hospital! Labregagem do queeeeeeralhoooo!!!!!

Sejamos sérios,
Serra

Monday, November 14, 2005

A criança que há em nós

Todas as mulheres dizem que os homens são umas crianças. Todos os homens concordam.

O Inspector Serra esteve a reflectir e a verdade é que o ser uma criança explica muita coisa relativa o comportamento masculino nomeadamente no diz respeito às relações que tem com o sexo contrário.

Quando perguntam ao Inspector Serra o que mais aprecia numa mulher a resposta será, invariavelmente, “a alma” e, embora sendo verdade, não há gaja que não riposte “Mas então porque é que só te metes com gajas boas?”.

A verdade é que isso se deve à analogia do presentes natalícios e invariavelmente a criança atira-se primeiro ao presente com a embalagem mais bonita e mais volumosa (daí a tara das mamas) deixando para segundo plano a embalagenzita que se calcula serem peúgos de losangos ou slips manhosos. Obviamente que, muitas vezes, a embalagem engana e muita merda se encontra dentro de caixas cocós com fita de cetim mas a natureza humana é assim, selectiva à primeira vista.

O mesmo explica o gosto que a maioria dos homens têm por lingerie, o qual muitas mulheres não percebem (ou fingem não perceber) mas a verdade é que nenhuma mulher gostaria de receber um Raymond Weil num saco do Pingo Doce tal como qualquer gajo não se quer deparar com um cuecão no lugar do estético fio dental.

A ânsia e pressa que a maior parte dos homens demonstra em querer levar as suas mulheres para a cama também reflecte a atitude de criança pois qual de nós nunca pretendeu abrir as prendas de natal no dia anterior?

Assim, minhas senhoras, não levem a mal algumas atitudes “menos correctas” que a nossa raça toma pois, no fundo, somos só uns meninos. Por vezes algo traquinas mas sempre adoráveis!

Sejamos sérios,
Serra

Thursday, November 10, 2005

Corrida de táxi do homem com o Síndrome de Tourette



Tinha acabado de chegar no comboio Alfa do Porto onde os filhos da puta dos cabrões que são meus superiores hierárquicos na entidade patronal que me emprega me tinham enviado em reunião. Eram aproximadamente 20:00 mas parecia-me bem mais tarde possivelmente devido ao facto de estar acordado deste as 5.30 da manhã e de ainda sentir a cafeína matinal a correr-me nas veias.

Vestia fato escuro, como se pede numa reunião de trabalho, sentindo-me algo estranho naquela indumentária comprada em saldos visto estes palhaços de merda não me pagarem para comprar a puta de uma peça de roupa que não seja feita de serapilheira.

Desci as escadas da gare do Oriente ao som do zoar dos comboios, o que me lembrou o meu tempo de universitário, e dirigi-me, já sem nostalgia, para a praça de táxis, infindável, da qual não se percebia o início ou o fim.

Perguntei ao condutor do primeiro táxi, à entrada das escadas, onde era o início da fila e, portanto, qual o táxi que deveria apanhar. Respondeu-me, arreliado por ter de desviar os olhos do jornal “A Bola” sobre o qual meditava: “Então, o início é lá ao fundo, caralho… no principio… aqui é que não é!”

Pensei em mandar o filho da puta ir apanhar no cú de um elefante. Não o fiz. A educação inglesa que tive impediu-me de proceder ao aconselhamento para a relação sexual com o paquiderme e, portanto, limitei-me a agradecer, a desejar uma boa noite e a seguir até ao táxi indicado.

Chegado ao táxi, entrei desejando uma boa noite ao condutor, homem claramente rude, barba áspera e olhos esbugalhados com contornos nervosos, enquanto roía um palito como se de uma bola anti-stress se tratasse. Perguntou-me “Então é para onde?”

Quando respondi “Av. de Roma” recebi o reflexo incondicionado de um arrastado “Foda-se” que o animal largou entre os dentes como quem esperava uma corrida para Sintra ou para Carcavelos. No fundo esperava o Euromilhões e saiu-lhe uma cruzinha e duas estrelas. Mas quer dizer… Foda-se??? Foda-se é o caralho, caralho! Quantas vezes não tenho eu vontade de dizer foda-se e não digo? Pensei em mandá-lo subir as escadas, baixar a calça e ser sodomizado violentamente pelo Inter-Cidades. Uma vez mais, lembrei-me da minha mãezinha e da sua educação e não o fiz. Segui viagem.

Esqueceu rapidamente o infortúnio da corrida ser rápida e barata como quem esquece a desilusão de um penalty falhado e logo tratou de meter conversa. “Já viu isto? Estes merdas da câmara são todos a mesma merda… agora estão lá no poleiro e já cagaram para isto tudo? Só se vê é pinos, obras e o caralho por esta cidade toda!!! E quem cá anda na estrada é que se fode!”

Tenho a teoria de que, tal como com esquizofrénicos, não se deve discutir com taxistas sob pena de o louco embicar o carro para uma ravina. E assim, fui concordando, explicitando até mais locais da cidade onde as obras enervam qualquer um enquanto, pelo espelho retrovisor, via os olhos do meu motorista a me darem sinal de concordância.

A vontade dizia-me para dizer “E se te despachasses mas é a levar-me a casa e não me estivesses aqui a foder a paciência com esses teus problemas, ò gordo de merda?” mas, a compreensão pelos problemas das classes sociais mais baixas, fez-me cair num tom de tolerância e, assim, continuei a debater vários problemas que assolavam o pobre homem até vislumbrar o Hotel Roma onde parou o carro.

Despediu-se de mim. Vi em seus olhos, que antes transportavam amargura e desespero, algum agradecimento. Talvez este homem não tivesse alguém que o ouvisse, talvez aqueles dez minutos tenham sido, para ele, valiosos e importantes. E daí talvez não, talvez ninguém o ouça porque não passa de um monte de banhas nojento, a transpirar como caralho e a catingar a aguardente!!! Foda-se!

Wednesday, November 09, 2005

Meetings (não são de atletismo)

Se existe situação onde o tempo custa mais a passar do que o estado de coma é o tempo passado em reunião. Portugal teima em insistir em reuniões onde teoricamente se deveriam combinar estratégias, tomar decisões e afinar pormenores para o bom funcionamento da máquina organizacional.

No entanto, a verdade toma contornos diferentes como quem pinta algo parecido a um Picasso tentando copiar um Rembrandt; Quem expõe ideias expõe-as com frete e com o sentimento de que ninguém o ouve ou, pelo menos, de que ninguém está interessado em o ouvir (o que até é verdade) enquanto a plateia pensa e olha para o infinito, qual vítima de tortura pela KGB, tentado a esforço não libertar um grito ensurdecedor de dor profunda. Várias técnicas existem para desviar a atenção das dolorosas e entediantes palavras que tilintam nos tímpanos e são apreendidas como deja vu de todas as outras reuniões que anteriormente existiram.

O Inspector Serra acredita que seria útil, quiçá vital, existir uma equipa de anestesistas que pudesse administrar uma anestesia geral aos recém chegados à empresa para que assim estes pudessem assistir à reunião sem iniciarem o processo de auto-estrangulamento.

Nós, os outros, cá vamos continuando. Pensando nas compras do supermercado, nos exercícios do ginásio, em que filme queremos ver no cinema ou simplesmente nos incessantes rabiscos nos cadernos que sempre se levam e de onde vêm apenas alguns desenhos abstractos unicolores sem que nada se pareça com o alfabeto árabe, grego ou chinês muito menos com ideias.

Algo de mal se passa com as reuniões! Alguém está afim de discutir isso?

Sejamos sérios,
Serra

Tuesday, November 08, 2005

Sex and the City Guys

Se há série televisiva que o Inspector Serra aprecia é o “Sex and the City” acima de tudo porque todos os estereótipos estão presentes nas personagens uns mais outros menos evidentes. As pessoas tendem, naturalmente, em focar-se nas quatro amiguinhas e verificar o quão diferente cada uma é e como, mesmo assim, conseguem manter uma união de amizade estranha entre mulheres (pois todos sabemos que as gajas são umas cabras umas para as outras).

Assim é ver rejubilar os olhos de quem vê a séria com a Samantha a rodar tudo o que é gajo e a atirar a célebre frase “Wanna fuck?”, a Charlotte que é uma tóina de primeira, a Miranda que está sempre frustrada com a vida que leva e a Carrie que nunca sabe o que se passa à sua volta – daí começar sempre a série com uma pergunta – e que é uma ressabiada com o Mr. Big.

O Inspector Serra propõe, no entanto, hoje, analisar alguns dos personagens homens da série já que, muitas vezes, as suas características passam ao lado do público (nomeadamente feminino) e os estereótipos estão lá tão presentes como os das quatro meninas.

Trey MacDougal
Qualquer gaja como a totó da Charlotte que tenha idealizado previamente que vai agarrar um gajo assim e assado, com olhinho verde, com dinheiro, com estatuto há-de sempre sair-lhe o tiro pela culatra e o destino vai encarregar-se de lhe entregar um Trey. Há gajos assim, armados em senhor, em importantes, em “hot shots” e depois nem sequer tusa têm. Obviamente a questão da tusa é figurativa mas a questão é que esta gente tem os seus telhados de vidro que escondem por detrás das ditas “maneiras” e “bons modos”.

Steve Brady
O típico gajo porreiro mas desleixado. Gajos como o Steve estão destinados a nunca terem grande sucesso entre as mulheres pois estas acham sempre que os gajos “não são suficientemente bons”. São espirituosos, divertidos, bem dispostos mas, geralmente, o seu aspecto físico não os acompanha a 100% o que os leva, em muitos casos, a crises de confiança. Quando têm uma relação são extremamente fiéis e atenciosos mas, em muitos casos, não têm simplesmente essa oportunidade ou são usados como joguetes na mãos das mulheres com quem se metem…

Aidan Shaw
Se um gajo reflectir em ter a atitude de um tipo ideal possivelmente envereda pela atitude do Aidan. O modo descontraído, o respeitar o espaço da mulher com que está, a compreensão que demonstra, os princípios que respeita…

Infelizmente quer a série, quer a realidade apontam que, por muito que as mulheres digam que querem alguém assim, a verdade não é essa. As mulheres, perdoem a analogia, nunca querem um diamante lapidado e colocado num fio mas sempre um diamante em bruto que teimam em trabalhar com as suas próprias mãos. Daí dizer-se que “as mulheres querem sempre o cabrão…” não por gostarem disso mas pela sensação de que o podem mudar. O que nos leva a:

Mr. Big
O Mr. Big tem pinta, sabe que a tem e usa-a sempre em seu proveito. Raramente se vê um momento onde podemos afirmar peremptoriamente que o Mr. Big está ser ele próprio, a ser verdadeiro, e não a jogar ou a encenar… É impressionante o poder que tem sobre a Carrie e como, faça ele o que faça, ela não lhe consegue fugir. Não tenhamos ilusões que ele faz da pobre moça o que lhe dá na moca… É verdade que o homem não sabe o que quer o que, possivelmente, advém do facto de ter tanto (até é conduzido por motorista) e, portanto, diverte-se a esticar a corda e parece que o elástico nunca parte. O que dizer de alguém que nem nome tem? Mas que tem pinta tem, e que parecer dar pica parece e, cada vez mais, isso é tudo o que interessa…

Sejamos sérios,
Serra

Sunday, November 06, 2005

Oportunidade

O Inspector Serra encontra-se preocupado e, assim, está a levar avante uma oferta de emprego para poder encontrar a paz de espírito.

A preocupação instalou-se na mente do Inspector Serra pois este tem sido contactado regularmente via e-mail por diversas pessoas que insistem que o Inspector Serra, à semelhança do Nicolau Breyner, tem problemas erécteis sugerindo inúmeros produtos como o Viagra ou o Cialis a preços de amigo.

Ora, o Inspector Serra nunca deu por isso mas, esta gente do Marketing lá sabe o que faz, lá terá os seus contactos e, receia o Inspector Serra, que muitas das que por cá passaram e sussurraram ao ouvido do Serra “és fantástico” no fundo, no fundo acharam a coisa meio frouxa (no sentido literal da palavra) e foram bufar para as empresas farmacêuticas que o Serra era bom cliente para o comprimidinho azul pois nitroglicerina já só mesmo no esquadrão de desminagem da PJ.

Como o Inspector Serra encontra-se ainda em fase de negação querendo acreditar que o sr. Fleischer, a sra. Silvia Amerman, a sra. Kristi ou o sr. Antonija Barboza se enganaram no destinatário procura uma profissional isenta para lhe dissipar as dúvidas que lhe assolam e transtornam o espírito.

Assim, o Inspector Serra procura:

Jovem com idade entre os 25-35
Espírito dinâmico, trabalhadora, com vontade de abraçar novos desafios e de mostrar serviço
Boa apresentação
Carta de condução de pesados devido à necessidade de a função requerer a manobra de veículo largo e comprido
Valoriza-se experiência em empresas multinacionais (Passerelle, Elefante Branco, etc.)

Se se achar capaz para a tarefa é favor responder a este blog. Se for seleccionada será contactada para entrevista no espaço de uma semana.

Ahhhh... e claro... requisito obrigatório: Ser séria!

Serra

Friday, November 04, 2005

História de amor de um homem com Síndrome de Tourette



Acordei com um raio de Sol que entrou pela cortina entre aberta que o descuido teimou em não fechar completamente. Olhei para o lado e lá estava ela, no seu sono, escovei-lhe o cabelo com os dedos descendo pelo seu pescoço até lhe chegar aos ombros. Levantei-me cuidadosamente tentando não perturbar o seu sono, enquanto pensava como é que este bicho do caralho tinha entrado nos meus lençóis.

Joana não era de uma beleza ofegante mas tinha um jeito especial, um modo de me observar que me inquietava e dava calma ao mesmo tempo. Dirigi-me ao espelho esperando que ao observar a minha própria imagem pudesse perceber o que me ia na alma, ler os meus sentimentos… Não consegui. Talvez por me ter dado uma vontade brutal de cagar que mal tive tempo de puxar os boxers para baixo até chegar à sanita.

Sentado, naquele cubículo forrado a azulejo, continuei a pensar se seria Joana a tal, aquela que ficaria comigo para o resto da vida… acendi um cigarro. Dizem que o fumo deturpa a vista mas a mim sempre me pareceu ajudar. Em cada nuvem de fumo que expelia não podia deixar de pensar que mais mulheres tinham passado por mim sem nunca me esperar; sempre correram adiante ou então fui eu que abrandei o passo. Não sei, continuo sem saber porque é que essas putas se rasparam. Talvez não lhes tenha dado toda a atenção… bem já lá vão longe, que se fodam…

Joana, no entanto, parece-me diferente. Como gostaria de saber aquilo que está a sonhar neste momento… SPLASSSHHHHHH! Porra, já encharquei o cú todo!

Apaguei o cigarro e fui tomar um duche, bem quente, como se pede numa fria manhã de Dezembro, e, por momentos, esqueci-me de Joana e do mundo, como se tudo fosse inundado por aquela água que me escorria pelo rosto. Joana apareceu e, devagar, entrou para me acompanhar na nuvem de vapor que me envolvia. Virei-me, olhei-a nos olhos enquanto lhe agarrava firmemente no ombro e sussurrei-lhe “Espera a tua vez, caralho! Tás a pensar que isto é um jacuzzi? Quase nem há espaço para mim!!!”

Ao sair do duche Joana esperava-me com uma toalha para me enxaguar. Não percebi se era mais suave o toque do turco ou das carícias das suas mãos no meu rosto. Beijou-me ou eu beijei-a a ela – por vezes a iniciativa é algo complicado de definir – perdi as horas no abraço que lhe dei enquanto lhe beijava levemente a base do pescoço e pensava como o filho da puta do meu patrão me ia foder o juízo por chegar atrasado.

Deixei Joana a sós e fui vestir-me para mais um dia de trabalho, mais um regresso à rotina, mais um deixar para trás um sonho, um amor, uma mulher para cair na realidade a que o mundo nos obriga. Apertei a gravata como se de uma forca se tratasse enquanto ouvia Joana a cantar, no duche, acompanhada pela melodia das gotas de água. Gritei-lhe “Pahhhh!!! Vou-me pôr nas putas”, Joana respondeu “Adeus! Depois falamos…”

Não sei se falaremos e, se falarmos, se Joana será de facto a tal… Muitas das vezes dou comigo a querer acreditar em coisas nas quais não deveria acreditar. Talvez seja ingenuidade ou talvez apenas um modo de, mesmo por breves momentos, me sentir mais feliz nesta merda de vida que levo.



Qualquer semelhança com a realidade de algum dos leitores é mera coincidência.

Sejamos sérios!
Serra

Thursday, November 03, 2005

A tartaruga, a lebre e o tanso

Se há conto popular que o tuga não papa é o da tartaruga e o da lebre… O espírito pragmático e simplista do português não consegue simplesmente assimilar como é que a lebre não tendo sido fulminada pelo tiro de caçadeira de algum sniper não terminou a corrida antes da tartaruga. Dirá o mais bronco dos putos que ouve a história da boca do avô: “Soa a tanga, velhote! Parece aquela história de quando aviaste quatro ao mesmo tempo enquanto ainda mandavas palmadas numa anã…”

No fundo o português é um gajo de ideias preconcebidas e, quando lhe mexem com o sistema, reage violentamente como um funcionário público quando lhe querem retirar regalias. Um Ferrari tem de chegar mais depressa que um Opel Corsa, tal como a lebre tem de chegar primeiro que a tartaruga! É senso comum!

O tuga inverte a moral da história do “devagar se vai ao longe” para o “se não chegou primeiro foi porque foi estúpido” e assim, com esta premissa, chegamos ao tanso e à confusão que o mesmo causa na mente portuguesa.

Se o mistério da existência, da vida para além da morte ou do fim do universo pouco preocupa o português, raro será aquele que nunca acordou com suores frios com a sua mente a matutar em tansos!

Tanso, passa o Inspector Serra a explicar, é um gajo esquisito, feio, mal instruído e que até nem é endinheirado mas que se acompanha de uma gaja boa e interessante… o mistério do tanso é mais estranho do que o do triângulo das bermudas pois teima em atazanar os princípios básicos pelo qual se rege a mente lusitana!

Acredita o comum português que as gajas boas buscam gajos com dinheiro, com bons carros, gajos divetidos, inteligentes, ou gajos bonitos e, quando vêem alguém que não tem este padrão acompanhado por um exemplar 86-60-86, põe-se com equações de cabeça sem chegar a nenhum resultado.

Mas, amigos portugueses que não se enquadram na categoria do tanso, ouçam os conselhos do Inspector Serra… o tanso é a tartaruga, pode ser um caga tacos mas vai andando, com a sua passada curta, na direcção certa, fazendo as coisas como deve ser enquanto outras lebres, com a mania que são os maiores, acham que as queridas lhes deviam cair ao colo…

Não quer dizer que devagar não se vá ao longe, mas depressa, desde que não se despiste, chega-se sempre primeiro…

Sejamos sérios,
Serra

Wednesday, November 02, 2005

Bolas people

Os palavrões tal como os verbos, substantivos, adjectivos, prenomes ou advérbios têm o seu lugar cativo na língua portuguesa e são essenciais para bem veicular ideias e sentimentos.

Para o Inspector Serra censurar um “foda-se”, um “caralho” ou um “vai mamar” é, não diz cortar os pés, mas cortar um dedo mindinho da alma da linguagem – não lhe muda o sentido mas arrelia e torna-se mais difícil comunicar. Aquelas pessoas que teimam em não utilizar o palavrão, chama-lhes o Inspector Serra as “Bolas people” que são aqueles que, quando praguejam, usam sempre o termo “Bolas!”. O grave em utilizar o termo “Bolas” constantemente é o de que não se transmite a gravidade da situação em causa nem os nervos ou stress que a mesma me causa. O Inspector Serra passa a exemplificar:

Um tipo corta-se. Bolas.
Um gajo espeta-se das escadas a baixo. Bolas.
Atira o carro de por uma ribanceira. Bolas.
Um gajo chega a casa e topa a mulher com outro. Bolas.

Diz o provérbio que “quem não sente não é boa gente” e, palpita ao Serra, que as “Bolas people” simplesmente não sentem ou então sentem mas fazem o possível e impossível para não o demonstrar escondendo-se atrás de um “Bolas”, de um “Raios” ou de um “com a breca”.

O aumento de estrutura linguística proporcionado por todos os palavrões do português dá-nos capacidade para as pessoas nos entenderem perfeitamente e não ficarem desnorteadas no meio do enevoado “Bolas”. “Porra”, “Merda”, “Dasss”, “Fonix”, “Caralho”, “Foda-se” são termos que nos ajudam a expressar e, qual língua nórdica, tornam diferentes sentidos mediante a entoação que lhes damos. Há foda-ses e foda-ses…

Portanto toca lá a dizer o que nos vai na alma e deixemo-nos de falsas moralidades, caralho! (não substituir por “bolas”)

Sejamos sérios,
Serra